28 de março de 2012

Negro Na Bahia Luiz Viana Filho História Africa Aculturação.



Luiz Viana Filho

O Negro na Bahia

Editora: Nova Fronteira

Ano: 1988 -  Páginas: 245


Comentário : LIVRO EM BOM ESTADO DE CONSERVAÇÃO, CAPA BROCHURA ORIGINAL. COM MUITAS ILUSTRAÇÕES.

Prefácio de Gilberto Freyre. O negro na Bahia logo se tornou um clássico para os estudiosos dos problemas suscitados pela integração e aculturação do negro trazido para o Brasil pela escravidão, um importante livro,  não é só um trabalho de pesquisa, mas também um arquivo documental, referencial a todos que se ocupam destes estudos.

"considerando-se a Bahia um ponto de maior, senão exclusiva, influência sudanesa. Do mesmo modo que no século seguinte os escravos super-equatoriais, pela sua evidente superioridade numérica, tornaram-se o centro preponderante, e impondo mesmo o "nagô" como u m a língua geral dos negros da Bahia, no século XVII os bântus foram os donos da Bahia.
... dois missionários tentaram, sem êxito, falar aos negros baianos em nagô."


"Ainda hoje, na Bahia, são vários os candomblés onde se praticam cultos de origem sub-equatorial. Assim o de Bernardino, no Bate-Fôlha, o de Ciriaco, na Boca do Rio, o de Maria Nenem, também na Boca do Rio o de Maçú, em Cachoeirinha, e o de Maria SanfAna, no Lobato, para falar apenas dos principais. Alguns outros desapareceram. Mas, dentre os existentes, alguns, para os quais ..."


Em 1781, das 50 embarcações que expedia a Bahia, apenas 8 ou 10 rumavam a Angola. As demais corriam a buscar escravos na Costa da Mina.  À  concentração de elementos bântus no século anterior substituiria a predominância dos negros sudaneses, que dariam à cidade um novo aspecto.

Era outra gente. Iorubas, mais conhecidos pelo apelido de nagôs, Tapas, Bambarras, Haussás, Achantis, Gêges, Bornus, Fulahs e Mandingas, encheriam a antiga capital brasileira, impondo-se como o grupo negro mais numeroso.

Representavam todos eles culturas já aproximadas na África e que aqui ainda mais se integrariam, confundindo-se em torno a cultos religiosos, onde buscariam as energias necessárias para resistirem e reagirem contra a dispersão e a assimilação.

Formariam um grande núcleo negro de reação. Por muito tempo permanece- riam isolados, preparando-se para a luta religiosa e animados por um grande espirito de fé.

Num século já teriam chegado à Bahia aproximadamente 350.000. Uma grande parte fora para as Minas. Mas a fração que ficara era bastante para modificar o ambiente, social do negro na Bahia.

A cidade e o recôncavo haviam perdido a tranqüilidade que lhe dera o bântu, pobre de místicas, e cuja religião não o impedia de dan- çar e cantar pelas ruas da cidade, nos alpendres das fazendas e na frente das capelas de Engenhos. Uma nova religião negra, mais forte, e que se praticava, não mais a céu aberto, mas em interiores fechados, seria o ponto de partida das revoluções negras da Bahia, como veremos em outro capítulo. A Costa da Mina não nos mandara apenas negros escravos. Com estes exportara uma fé....





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