20 de janeiro de 2011

Deoscóredes M. Santos - Mestre Didi Olinto Carybé Contos Negros da Bahia - Nagô - Orixás - Candomble Grd 1961




Deoscóredes M. Santos - Mestre Didi Olinto Carybé

Contos Negros da Bahia - Nagô - Orixás - Candomble

Grd

1961

Primeira edição desse clássico do nosso Mestre Didi, livro antigo em bom estado geral de conservação, leve desgaste na lombada, linda capa brochura original e miolo firme e limpo, com desenho de Carybé.

Nota introdutória de Antonio Olinto, Desenhos e capa de Carybé, Introdução de Jorge Amado, saiba mais...

Iyá Omin; Inauo Ara; O filho de Oxalá que se chamava; A cidade de Óyo; Orunmilá, Babalao - o grande advinhador; Oshani, dono das ervas e médico da seita africana conto africano da naçao Ketu; Conto verídico acontecido com o Ojé KoriKoê Ulukotum; Conto africano da naçao Guruncis. O pobre mendigo Obará, Omó Ejô; Babá Onã; entre outros. aproveite, escasso.

Lindos desenhos de Carybé, o renomado filho de Oxóssi e presidente do Conselho dos Obás no terreiro Ilê Axé Opô Afonjá, da Mãe Stella. Obá de Xangô, o posto mais alto lhe dado pelo candomblé.

Considerado como um dos mais importantes sacerdotes da nossa tradição nagô, o autor desta obra, Mestre Didi é um escultor de projeção internacional e um escritor preocupado com a divulgação da riqueza legada pelos ancestrais na forma de contos, itan, que expressam elaborações milenares da tradição nagô.

A partir do acervo cultural religioso comunitário, acrescentado de novas histórias incorporadas, recriando formas narrativas, que se baseia a literatura de Mestre Didi.

Na forma escrita, os contos constituem-se num gênero literário genuíno e original nas criações de Didi.

Publicados no Brasil e no exterior, os contos possuem uma sabedoria universal, fazendo parte de uma cultura iniciática milenar, que, na forma e no estilo da escrita de Mestre Didi se caracterizam como uma ilustração autêntica desse riquíssimo acervo cultural africano-brasileiro.


A Edição é voltada para temas importantes da cultura negra da Bahia, os contos de Mestre Didi, que traz um saber autêntico, assimilado por toda uma existência vivida no âmago de comunidades religiosas solidamente fundamentadas, no convívio de antigos mestres da tradição nagô-ioruba, no exercício do seu sacerdócio e da sua arte, a via erudita de expressão deste saber.


----------

Mestre Didi.

Deoscóredes Maximiliano dos Santos - nascido em Salvador, 2 de dezembro de 1917 - é escritor, artista plástico e sacerdote afro-brasileiro.

Seu pai Arsenio dos Santos, pertencia à "elite" dos alfaiates da Bahia, mais tarde iria transferir-se para o Rio de Janeiro na época em que houve uma grande migração de baianos para a então capital do Brasil.

Sua mãe Maria Bibiana do Espírito Santo, mais conhecida como Mãe Senhora era descendente da tradicional família Asipa, originária de Oyo e Ketu, importantes cidades do império Yoruba.

Sua trisavó, Sra. Marcelina da Silva, Oba Tossi, foi uma das fundadoras da primeira casa de tradição nagô de candomblé na Bahia, o Ilê Ase Aira Intile, depois Ilê Iya Nassô.

Artista de reconhecimento internacional, já expos o seu trabalho nos mais renomados espaços do Brasil e do mundo, o mestre é o criador de esculturas delicadas, simbólicas, com detalhes coloridas, feitas com material orgânico cuja leveza e harmonia têm qualquer coisa de reverência à vida, à arte e à natureza.
A igreja durante o período colonial e pós-colonial foi uma instituição de que a comunidade descendente de africanos inseriu em suas estratégias de luta pela alforria e re-agrupamento social. Didi foi batizado, fez primeira comunhão e foi coroinha. Mais tarde, já sacerdote da tradição afro-brasileira foi se dedicando inteiramente a ela afastando-se do catolicismo, embora respeitando-o como uma outra religião. Eugenia Ana dos Santos - Mãe Aninha, tratada por Didi como avó, foi quem o iniciou no culto aos Orixás e lhe deu o título de Assogba, Supremo Sacerdote do Culto de Obaluaiyê. Arsenio Ferreira dos Santos era sobrinho de Marcos Theodoro Pimentel, o Alapini, primeiro mestre de Didi no Culto aos Egungun, os ancestrais masculinos, tradição originária de Oyo, capital do império Yoruba.
Depois de Marcos, foi Arsenio, conhecido por Paizinho quem deu continuidade a iniciação de Didi, que se confirmou Ojé com o título de Korikowe Olokotun. A herança de tio Marcos Alapini se constitui sobretudo pelo culto ao olori Egun, baba Olukotun, o mais antigo ancestral que foi trazido da África na ocasião da viagem que fez com seu pai, Marcos O Velho. Paizinho, então Alagbá, o mais antigo da tradição aos Egungun recebeu esta herança que aproximou à do terreiro Ilê Agboulá na Ilha de Itaparica.
A herança de Marcos Alapini, para seu sobrinho Arsenio Alagba passou para Didi, Ojé Korikowe Olukotun. Mais tarde Didi recebeu o título de Alapini, o mais alto do Culto aos Egungun, no Ilê Agboula e anos depois, em 1980 fundou o Ilê Asipa onde é cultuado o Baba Olukotun e demais Eguns desta tradição antiga.
Em setembro de 1970, não tendo no Brasil quem pudesse fazer sua confirmação de Balé Xangô, foi para Oyo e realiza a obrigação na cidade originária do culto à Xangô. A cerimônia foi realizada pelo Balé Sàngó e o Otun Balé do reino de Xangô de Oyo.

"Os Orixá do Panteão da Terra são os que nos alimentam e nos ajudam a manter a vida. Os meus trabalhos estão inspirados na natureza, na Mãe Terra-Lama, representada pela Orixá Nanã, patrona da agritultura".
Mestre Didi



------------


Temos condição de conseguir muitos outros títulos da área, diga-nos quais você precisa e lhe daremos a resposta.

Temos um vasto acervo sobre a bibliografia temática afro-brasileira, religião dos orixás, candomblé, nagô, yorubá, jejê, angola, minas, bantu, capoeira, etc..., saiba mais, pergunte-nos.


Caso haja interesse em alguns dos nossos livros, ou em outro que não se encontre cadastrados ainda, pergunte-nos: philolibrorum@yahoo.com.br que conversaremos sobre como conseguir.

PHILOLIBRORUM-BIBLIOAFRO


cultura griot.




--

2 comentários:

Anaestrela disse...

quanto é este livro? obrigada!

Anaestrela disse...

quanto é esse livro? obrigada!