8 de agosto de 2009

LENDAS AFRICANAS DOS ORIXÁS - Pierre Fatumbi Verger Carybé

LENDAS AFRICANAS DOS ORIXÁS - Pierre Fatumbi Verger

Carybé

Currupio - 1997 -

Pierre Verger, a quem se deve a cuidadosa coleta das lendas aqui apresentadas,viveu durante dezessete anos, em sucessivas viagens,desde 1948, pelas bandas ocidentais da África, em terras iorubas. Tornou-se Babalaô em Kêto, por volta de 1950, e foi por essa época que recebeu do seu mestre Oluwo o nome de Fatumbi: "Aquele que nasceu de novo pela graça de Ifá".

Algumas das lendas aqui reunidas já são conhecidas nos candomblés da Bahia, pelo "jogo dos dezesseis búzios". É o caso, por exemplo, da história de Oxum, onde ela aparece exigindo a oferenda de Nkan. Outras, entretanto, são desconhecidas e entre elas podemos incluir as lendas de Oxóssi e de Oxaguiã, em que se propõe, inclusive, a etimologia dos nomes desses orixás. A história de Ogum Mejê,Ogum Alakorô e Ogum Onirê.

As origens históricas prováveis de Xangô, de Iemanjá e de Obaluaê são indicadas nas três lendas referentes a esses orixás.

A publicação dessas histórias tradicionais apresenta ainda, o mérito de esclarecer certos equívocos difundidos há mais de um século, por autores comprometidos com suas próprias ideologias e seus preconceitos, e que jamais foram questionadas desde então.

ÍNDICE;

Prefácio; Exu; Ogum; Oxóssi; Erinlê; Ossain; Orixá Okô; Oranian; Dada-Baayani; Xangô; Oiá-Iansã; Oxum; Obá; Iemanjá; Olokum; Oxumaré; Obaluaê; Disputa entre Nanã Buruku e Ogum; Oxaguiã; Oxalufã; Briga entre Oxalá e Exu; Rivalidade entre Orunmilá e Ossain; Orinmilá, rei do terceiro mundo; Olofin-Odudua cria o mundo no lugar de Oxalá; Guerra entre Oxalá e Odudua.



O livro faz parte da grande obra do antropólogo e mestre em cultura negra Verger. O autor viveu durante dezessete anos na África ocidental, em terras iorubás. Lá adquiriu todo o seu conhecimento. E, mais do que isso, abriu seu espírito para o Candomblé tornando-se adivinho babalaô - o nome Fatumbi (aquele que nasceu de novo pela graça de Ifá) foi dado por seu mestre iniciático. Uma das obrigações dos babalaôs durante seu aprendizado é memorizar as histórias dos Orixás, divindades dessa religião. Aqui Verger compila algumas delas com cuidado e fidelidade à tradição oral que as transmitiu de geração em geração. O desenho de Carybé, vigoroso e expressivo, aliado à intimidade do artista com as coisas do candomblé e da Bahia, traduz com sensibilidade e cuidadosa informação etnográfica o espírito e a magia dessa cultura.

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